Parceiro e sobrinho de Ederaldo Gentil, Antonio Carlos Tatau lança seu 1º disco aos 61 anos, “A Lida dos Anos”…
Parceiro e sobrinho de Ederaldo Gentil, Antonio Carlos Tatau lança seu 1º disco aos 61 anos, “A Lida dos Anos”
O juazeirense Antonio Carlos Tatau, compositor ao lado de Thea Lucia de “Peleja do Bem”, música gravada por seu tio Ederaldo Gentil no disco “Pequenino” (1976), lança aos 61 anos o seu primeiro disco, “A Lida dos Anos” (2017).
O álbum é produzido por Luisão Pereira, irmão de Antonio Carlos Tatau e que também é responsável pela coordenação geral e direção artística do lançamento do Acervo Ederaldo Gentil, sobre a obra do seu tio Ederaldo.
Artista elogiado pelo conterrâneo João Gilberto, Tatau conta com a participação de nomes como Ronaldo Bastos, Zé Manoel, Gustavo Ruiz e Régis Damasceno (Cidadão Instigado) no seu disco.
Para conhecer mais sobre a obra de Antonio Carlos, leia a matéria publicada no jornal O Globo sobre o lançamento de “A Lida dos Anos” aqui.
O disco “A Lida dos Anos” pode ser adquirido na loja do selo Joia Moderna, responsável pelo lançamento do disco.
As músicas de “A Lida dos Anos” também podem ser escutadas no canal do You Tube do selo Joia Moderna, além de plataformas digitais como Spotify, Deezer e iTunes.
Cantora cult portuguesa, Lula Pena grava duas músicas de Ederaldo Gentil no seu novo disco As composições de Ederaldo Gentil…
Cantora cult portuguesa, Lula Pena grava duas músicas de Ederaldo Gentil no seu novo disco
As composições de Ederaldo Gentil “O Ouro e a Madeira” e “Rose” (esta última parceria com Nelson Rufino) foram gravadas no mais recente disco da cantora portuguesa Lula Pena, “Archivo Pittoresco” (2017). Ouça “O Ouro e a Madeira” e “Rose”.
“Espero ajudar nesse belo e importante resgate (da obra de Ederaldo Gentil)”, disse Lula Pena, por e-mail, ao saber do projeto Acervo Ederaldo Gentil. Em breve, publicaremos uma entrevista com Lula sobre como conheceu a obra de Ederaldo Gentil. Atualmente, a artista está em turnê de divulgação do novo disco em diversos países da Europa.
Abaixo, Lula Pena fala sobre “O Ouro e a Madeira” e “Rose” no faixa a faixa que a cantora fez na divulgação do disco “Archivo Pittoresco” para a imprensa internacional.
Rose:
“Uma canção do compositor e cantor baiano Ederaldo Gentil, falecido em 2012. Rose é Rosa, o nome de uma pessoa mas também o de uma flor, claro, e, mantendo-nos atentos à fonética do tema, aquele “O que é que houve com Rose, hein?” transforma-se facilmente em “o que é que ouve com rose” ou, melhor ainda, em “o que é que ouve com/ ouse”. Aí, por via da transmutação, remete para o atrevimento, para a ação, reforçando um significado ambíguo”.
O ouro e a madeira:
“Outra vez Ederaldo Gentil. A sua letra diz que a “Ostra nasce do lodo/ gerando pérolas finas”, puro código alquímico. Além de que possui um elemento de reducionismo, em que se toma o todo pela parte, que, entre muitas outras, remete para as questões de atuação e alinhamento a que já aludi: “Não queria ser caminho/ porém o atalho// Muito menos ser o campo/ me bastava o grão/ Não queria ser a vida/ porém o momento/ Muito menos ser concerto/ apenas a canção”.
Artista cult
Graças a seus dois álbuns anteriores, “Phados” (1998) e “Troubadour” (2010), e suas elogiadas apresentações ao vivo, Lula ganhou status de artista cult internacionalmente. Sua música é descrita como uma mescla de sons que passam pelo fado, blues, flamenco, chanson française, bossa nova, samba, entre outros estilos musicais.
Seu novo disco recebeu críticas positivas em publicações como os jornais ingleses The Guardian e Financial Times, além do jornal francês Le Monde, entre outros.
“Archivo Pittoresco” foi lançado internacionalmente pelo selo belga Crammed Discs, casa de artistas renomados como a cantora argentina Juana Molina e o grupo da República Democrática do Congo Konono No.1, entre outros.
O músico e produtor baiano Paquito escreve sobre "a trindade negra do samba da Bahia", encontro histórico de Ederaldo Gentil,…
O músico e produtor baiano Paquito escreve sobre “a trindade negra do samba da Bahia”, encontro histórico de Ederaldo Gentil, Batatinha e Riachão registrado no programa mpb especial, gravado por Fernando Faro em 1974 na TV Cultura.
Quando eu e J. Veloso produzimos o primeiro e único cd de Batatinha, no final dos anos 1990 – e logo depois ele faleceria, sem ver o disco pronto -, recebemos um convite do Sesc para lançar o disco em um show com convidados em São Paulo. Levamos Riachão – de quem produziríamos também e posteriormente um cd -, e recebemos, da Tv Cultura uma fita em vhs com o programa Ensaio – mpb especial samba da Bahia, de 1974, – estrelado por Batatinha, Riachão e Ederaldo Gentil, dirigido por Fernando Faro – para usarmos as imagens de Batatinha ao longo do espetáculo.
Descobrir a edição do mpb samba da Bahia naquele instante foi significativo, pois estávamos entrando pra valer naquele universo.
E o programa Ensaio, criado por Fernando Faro, é provavelmente único no mundo: as câmaras focam principalmente o rosto do músico, mostrando que a música, além dos sons, tem cara e corpo. Não se vê o entrevistador – sempre o Faro, seu criador – nem se ouve as perguntas que ele faz ao artista; a gente só pressupõe as perguntas pela resposta posterior ou pela reação do músico ao ouvi-las.
Então e sempre o entrevistado é o centro do programa, com a mínima interferência do entrevistador, o que não deixa de ser uma interferência, um jeito de olhar.
E quem conheceu Faro, o Baixo, sabe que um clima de afeto por ele instaurado contamina os artistas contemplados pelo Ensaio.
No caso da edição deste mpb especial (era este o nome do programa na década de 1970), ficou registrado o encontro de três autores diversos (dois quase antípodas em termos de estilo, e outro bem mais jovem) do assim chamado samba baiano, majoritariamente urbano, influenciado pelo que se ouvia na era de ouro do rádio, e negro.
A gente sabe da existência de Nelson Rufino, Walmir Lima, Tião Motorista e Roque Ferreira, também talentosos sambistas da boa terra e pertencentes a esta turma, porém essa edição do mpb especial ilumina e revela, em tempo mínimo, muito de Batatinha, Ederaldo e Riachão, naquele instante específico, a trindade negra do samba da Bahia, formando um todo, mas cada qual com seu charme e encantos muito próprios.
Batatinha abre cantando lindamente a sua “Diplomacia”, quase um manifesto poético-social introspectivo que o faz parente de Nelson Cavaquinho e Cartola, e traz poesia na fala, quando diz da Bahia do seu tempo de criança, casario antigo, “ladeiras de calçada, neca de asfalto”, altivo, na dele, com sua voz pequena e precisa.
Na penúltima música que Batatinha canta, Ederaldo e Riachão juntam-se a ele no coro e, a partir daí, o clima é de celebração, com o foco na obra de Ederaldo, o mais jovem, principiando a falar de si, olhar intenso, cismado, e a declaração de que sempre foi “muito pobre”, sem meias palavras, fazendo do pertencimento a sua fortuna simbólica: a parceria com a mãe, mãe de santo, sua homenagem à Mãe Menininha do Gantois e seu samba mais antológico, “O ouro e a madeira”, sempre nos refrões ajudado pelas vozes de Batata e Riacho, feito estivessem num barzinho, à vontade.
Com o princípio da fala de Riachão e de seus sambas, comove ver o decano deles (e único atualmente ainda vivo) tomar ares de menino, fazendo percussão com seus adereços, também assumindo a pobreza material ao dizer que a visão de uma pessoa de quem gosta o faz esquecer a fome, e mandando ver na sua “Chô chuá”, gravada por Caetano e Gil na volta do exílio, sempre o pertencimento: “o meu galho é na Bahia, moço da cabeça grande”; sem esquecermos de mencionar o percussionista – cujo nome não vi nos créditos – e o violão de Vicente Barreto, acompanhantes dos protagonistas, igualmente compondo a paisagem humana do programa.
Batatinha e Riachão chegaram a fazer, posteriormente, duas edições individuais do Ensaio, mas Ederaldo, não. Por isso, essa é a melhor mostra de sua fala & canto, tímido mas firme diante das câmaras, desfiando seu rosário de canções e sua história, com seu rosto, sua voz e seu corpo, pra quem não o viu faceiro e charmoso pelas ruas da Bahia do seu tempo.
Pra mim, especialmente, tendo trabalhado com Batatinha e Riachão – e agora, com a obra de Ederaldo, mesmo sem ter convivido com ele – é um ciclo que se completa.
*Paquito é músico e produtor. Trabalhou ao lado de J. Veloso na produção dos álbuns “Diplomacia” (1998), de Batatinha, e “Humanenochum” (2000), de Riachão. Tem dois cds autorais: “falso baiano”(2002) e “bossa trash”(2008). Colaborou com textos e como pesquisador para o Acervo Ederaldo Gentil.
Veja o programa mpb especial com Ederaldo, Batatinha e Riachão na íntegra:
Acervo Ederaldo Gentil lança site com discografia completa, raridades e muitas informações sobre um dos grandes nomes do samba baiano…
Acervo Ederaldo Gentil lança site com discografia completa, raridades e muitas informações sobre um dos grandes nomes do samba baiano
Acaba de ser lançado o Acervo Ederaldo Gentil, projeto com patrocínio do Natura Musical e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que neste primeiro momento coloca no ar o site www.ederaldogentil.com.br, destinado a vida e a obra deste baiano autor de clássicos do samba como “O Ouro e a Madeira” e “De Menor”, entre outros.
No site do Acervo Ederaldo Gentil, estão disponíveis para audição na seção “Apenas a Canção” (trecho retirado de “O Ouro e a Madeira”), os três discos lançados por Ederaldo Gentil: “Samba, Canto Livre de Um Povo” (1975), “Pequenino” (1976) e “Identidade” (1984), além de um disco de raridades produzido pelo músico e sobrinho de Ederaldo, Luisão Pereira, que também é o coordenador geral e diretor artístico do Acervo.
“Hoje é um dia muito especial para todos nós que trabalhamos no Acervo Ederaldo Gentil. E é um grande sonho meu, não só como produtor, mas por fazer parte da família. E sei que a família está muito feliz com essa realização”, diz Luisão.
Discografia completa e raridades
Além dos quatro discos, que posteriormente também ganharão lançamento pela primeira vez em CD no formato box, o Acervo Ederaldo Gentil conta diversas informações sobre a vida e a obra de Ederaldo.
Na seção “Identidade” (nome da música que dá título ao disco de Ederaldo de 1984), está disponibilizada uma linha do tempo com muitos documentos e curiosidades de Ederaldo desde o seu nascimento, em 1944 em Salvador, até seu falecimento, em 2012, além de diversos registros sobre fatos da sua obra nas vozes de outros interpretes, que continuam ganhando versões, inclusive no exterior, até os dias atuais.
Na seção “Impressão Digital”, nome retirado da composição de Paulinho Diniz e Ederaldo Gentil, aparecem fotos e vídeos da carreira de Ederaldo, além de músicas gravadas por outros artistas e até mesmo duas canções inéditas do sambista, “Ritual Ilê Aiyê” e “Canto a Kunta Kinte”, em suas versões demo.
Na seção “Eu e a Viola”, nome de outra música de Ederaldo, artistas baianos como Larissa Luz tocam, ao violão, suas versões para clássicos do repertório de Ederaldo. Nos próximos meses, mais artistas baianos e nacionais também gravarão suas versões para o Acervo Ederaldo Gentil.
Por fim, na seção “Notícias”, podem ser encontradas novidades relacionadas à obra de Ederaldo Gentil, como a gravação da cantora cult portuguesa Lula Pena de duas músicas de Ederaldo em seu novo disco, até mesmo raridades como uma entrevista de Ederaldo Gentil ao radialista Perfilino Neto em 1989, além de um texto do músico e pesquisador Paquito sobre o clássico programa “mpb especial – ensaio”, da TV Cultura, gravado em 1974 com a “trindade negra do samba baiano”: Ederaldo Gentil, Batatinha e Riachão.
“Desde que produzi com J. Veloso o disco ‘Diplomacia’ (1998) de Batatinha e depois ‘Humanenochum’ (2000), de Riachão, que Luisão fala comigo dessa ideia de uma recuperação da obra do seu tio Ederaldo. Demorou, mas agora chegou. Nessa pesquisa para o Acervo Ederaldo Gentil, pude conhecer mais da música e da vida de Ederaldo, que tem uma obra muito forte. Ela transcende o tempo que foi feita”, diz Paquito, que participou do projeto do Acervo como pesquisador e com textos para o site e para o lançamento da discografia de Ederaldo em CD.
Show no TCA e outras capitais
Além do site e do lançamento nos próximos meses da discografia de Ederaldo em CD, o Acervo Ederaldo Gentil ainda contará em breve com um show no Teatro Castro Alves, em Salvador, no qual novos artistas da música brasileira farão versões de clássicos da obra de Ederaldo Gentil. Este show também deve percorrer outras capitais brasileiras após o lançamento no TCA.
“A Bahia precisa cuidar mais da nossa memória cultural. Produzir este projeto é um mergulho na história do nosso samba. Que as novas gerações possam conhecer e se relacionar mais com a obra do mestre Ederaldo”, diz Fernanda Bezerra, da Maré Produções, coordenadora de produção do Acervo Ederaldo Gentil.
Ederaldo Gentil: um sambista que quase foi jogador do futebol. André Catimba, ex-Vitória e Grêmio, fala sobre a fase boleira…
Ederaldo Gentil: um sambista que quase foi jogador do futebol. André Catimba, ex-Vitória e Grêmio, fala sobre a fase boleira do amigo.
“Ederaldo era uma meia destro competente, com muita virtude e categoria. Poderia certamente ter vingado no futebol”. A frase acima é do baiano André Catimba, ex-jogador e ídolo das torcidas de Vitória e Grêmio, sobre o amigo e parceiro nos juniores do Guarany-BA.
Na juventude, quando já trabalhava como relojoeiro e começava a se arriscar no samba, Ederaldo também tentou a sorte como jogador de futebol na base do Guarany-BA. Foi lá que encontrou André, ambos por volta de 14, 15 anos, com quem manteve a amizade mesmo depois de largar o futebol para se dedicar ao samba.
“A gente sempre batia muito papo no Tororó, no Engenho Velho. Era uma amizade fiel. Ederaldo era um cara que não tinha maldade, nota 10. Comigo era sempre alegre, sorridente, difícil ver ele zangado. Quando ele venceu no samba, bati muita palma para ele. Tinha que respeitar. Era um compositor da porra!”.
André ainda diz que a carreira de músico era mais respeitada na época do que ser um jogador profissional, o que pode ter colaborado para Ederaldo ter desistido do futebol e apostado todas as fichas na carreira musical.
“Éramos muito novos. Naquele tempo, quem jogava futebol era meio visto como ‘capitão de areia’, ‘moleque’. Nossos pais não queriam deixar que a gente jogasse futebol. Eu mesmo continuei no futebol porque quando fui para o Ypiranga o diretor do time pagava meu colégio”.
Abaixo, leia a transcrição da matéria publicada em 1979 pelo jornalista Coelho Fontes no jornal A Tarde, na qual o próprio Ederaldo fala sobre este período como jogador de futebol e o dia em que desistiu da carreira nos gramados para se dedicar ao samba. Veja o arquivo original da matéria completa aqui.
NO GRAMADO
Como profissional do futebol, tendo jogado no Guarany, Ederaldo foi meia-esquerda, atuou na meia-cancha e como médio volante. É provável que no passado o Esporte Clube Guarany não tenha tido uma linha de ataque tão operante quanto aquela, dos finais da década de sessenta: Tião (hoje no Leônico), Ainho, André (atualmente no Grêmio de Porto Alegre), Ederaldo e Dico.
“Grandes companheiros, acrescenta, nem só estes mas igualmente o resto do time. Me lembro de um gol histórico que fiz contra o Ypiranga. Gol da vitória. Ganhamos por dois tentos a um”.
O sambista no entanto se afastaria do futebol, cuja carreira foi relativamente rápida, por várias razões, acima de tudo porque um time pequeno não lhe poderia assegurar boas condições financeiras. Quando recebeu convite do Esporte Clube Vitória para integrar o plantel rubro-negro já andava um tanto desiludido com a bola, com a idéia de mudar de ramo, dedicar-se mais à música. Já compunha seus sambas, tocando e cantando com amigos em serenatas e nas reuniões em casas e encontros de bares, nas noites da Bahia.
Por outro lado, havia sido vítima de uma séria pancada na perna num jogo contra o Vitória no Campo da Graça, que por pouco não o inutiliza para o esporte e para a vida.
“Ainda cheguei a treinar no time rubro-negro, à época tendo Albino Castro como presidente. Aliás Albino não era apenas o dirigente máximo de uma agremiação esportiva que me fazia um convite, mas um amigo, ex-patrão com quem eu havia trabalhado numa casa de jóias”.
No dia mesmo em que recebeu a forte pancada na perna e quando o massagista entrou em campo para lhe aplicar massagens não levando senão pedaços de gelo (nem mertiolate carregava), Ederaldo decide abandonar o futebol de uma vez por todas. Pena para o grande esporte brasileiro que perdia um atleta que muito prometia. Em compensação o samba brasileiro muito iria se aproveitar, já que o rapaz a este iria dedicar-se de corpo e alma.
Ederaldo recorda ter sido justamente durante a sua fase esportiva que teria a sua grande chance na área musical.
“Naquela época eu havia colocado uma das minhas músicas em concurso patrocinado pela desaparecida Sutursa. O concurso foi realizado num sábado. No domingo joguei contra o Fluminense de Feira. Uma das minhas melhores atuações em cancha. Fiz o que chamamos em linguagem esportiva um “gol de placa”, isto é, um gol de mestre. Apesar de que perdemos a partida. Mas a torcida e os colegas vibraram com meu desempenho”.
Na segunda-feira os jornais comentariam em grandes espaços o belíssimo tento de Ederaldo, enquanto o jogador voltava à sua faina na oficina de relógios. Lilito, um amigo seu, chegando ao balcão onde o aprendiz de relojoeiro atendia clientes, o parabeniza.
“Imaginei que ele se referia ao gol. Eram muitos os parabéns que eu estava recebendo desde que varara espetacularmente a meta do Fluminense de Feira. Lilito então disse que se referia à minha música, comentada pelas estações de rádio como tendo recebido o prêmio maior da Sutursa”.
Chamava-se “Rio de Lágrimas” a composição classificada. E o prêmio, de quinhentos cruzeiros mais a gravação.
“Corri numa banca de jornais, comprei um e verifiquei a verdade da notícia. Foi a partir daquele exato momento que definitivamente me entreguei à música”.
Lançamento do Acervo Ederaldo Gentil e artistas baianos ganham destaque no jornal O Globo. O lançamento do…
Lançamento do Acervo Ederaldo Gentil e artistas baianos ganham destaque no jornal O Globo.
O lançamento do Acervo Ederaldo Gentil ganhou destaque na matéria publicada pelo jornalista Leonardo Lichote no jornal O Globo.
Com o título “Sambistas baianos são celebrados em shows no Rio e em Projetos Digitais”, Lichote aproveita o gancho da passagem de Riachão, aos 95 anos, para show no Rio de Janeiro e fala sobre projetos que estão resgatando a obra de outros sambistas baianos, como o caso do Acervo Ederaldo Gentil.
Um dos entrevistados na matéria é o coordenador geral e diretor artístico do Acervo Ederaldo Gentil, o músico e produtor Luisão Pereira.
Luisão destaca a intensa presença de diversos compositores do samba baiano na música produzida no eixo Rio-São Paulo.
“Caymmi, João da Baiana, Tião Motorista, Riachão, Panela, Ederaldo, Batatinha, Nelson Rufino, Roque Ferreira… Eles são responsáveis por grandes sucessos de artistas que vão desde Jair Rodrigues até chegar em Zeca Pagodinho e a geração mais recente. Só Ederaldo, por exemplo, foi gravado por Noite Ilustrada, Originais do Samba, Agepê, Alcione já no primeiro disco dela, Eliana Pittman, Beth Carvalho e Elza Soares, entre outros”, declarou Luisão.
A matéria completa pode ser lida aqui.
Natura Musical apresenta: Acervo Ederaldo Gentil no TCA com BaianaSystem, Larissa Luz, Zé Manoel e Josyara Artistas da nova geração…
Natura Musical apresenta: Acervo Ederaldo Gentil no TCA com BaianaSystem, Larissa Luz, Zé Manoel e Josyara
Artistas da nova geração da música baiana e brasileira prestam homenagem à obra do músico baiano Ederaldo Gentil, com apresentação no dia 20 de março, às 20h, no Teatro Castro Alves, em Salvador
O projeto Acervo Ederaldo Gentil (Natura Musical) apresenta no próximo dia 20 de março, às 20h, no Teatro Castro Alves, um show tributo à obra do músico baiano, falecido em 2012, autor de clássicos como “O Ouro e a Madeira”, “Rose”, “De Menor”, “Luandê”, entre muitas outras pérolas finas do seu repertório.
A apresentação contará com a participação de artistas da nova música baiana e brasileira interpretando as canções de Ederaldo: a banda BaianaSystem, o pianista e cantor Zé Manoel, além das cantoras Larissa Luz e Josyara. Os ingressos para o show custam R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira) e estão à venda na bilheteria do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou no site da Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br).
“A grade escolhida para este tributo tem fatores bem importantes: primeiro que se trata de três artistas da nova geração baiana, que estão com reconhecimento nacional e essa revelação da música pernambucana que é o Zé Manoel. A ideia é justamente fazer com que as músicas de Ederaldo, que são muito atuais, ganhem voz nesses grupos e artistas contemporâneos. A obra de Ederaldo merece ser mais conhecida pela turma mais nova, para saberem que as músicas de Ederaldo são atemporais. Ederaldo, além de ser um mestre do samba, ele é, acima de tudo, um mestre da canção. E as músicas dele cabem em qualquer formato. Além disso, me orgulha bastante que todo o tributo esteja formado por cantores negros”, explica o músico e sobrinho de Ederaldo, Luisão Pereira, que também é o coordenador geral e diretor artístico do show e do Acervo Ederaldo Gentil.
Luisão também irá comandar a banda de apoio que fará parte da apresentação, que conta com os músicos Ênio Nogueira (violão, cavaquinho e guitarra), Aline Falcão (teclados), Ícaro Sá (percussão) e Luisinho do Gêge (percussão), além do próprio Luisão Pereira (contrabaixo e sintetizadores).
Sobre Natura Musical
Com treze anos, o Natura Musical tem hoje um papel inédito na valorização da produção contemporânea e da identidade musical brasileira: já apoiou mais de 1350 produtos culturais (mais de 1200 shows, 132 CDs, 26 DVDs, 21 livros e 5 filmes), chegando diretamente a 1,5 milhão de pessoas e mais de 550 mil seguidores nas redes sociais.
Na frente de fomento, os projetos são selecionados prioritariamente por meio de editais públicos, em nível nacional, com uso das Leis Rouanet e Audiovisual, e em nível regional, com uso de ICMS, conforme a disponibilidade de recursos.
A marca lança em média 30 discos por ano, com destaques em listas de melhores do ano e premiações nacionais e internacionais, além de patrocinar shows, livros, filmes e acervos digitais. Ao inaugurar a Casa Natura Musical, em São Paulo, ampliou sua participação no entretenimento, com uma vitrine permanente para a rica e pulsante produção musical brasileira.
Sobre a Natura
Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza. Líder no setor de venda direta no Brasil registrou R$ 7,9 bilhões de receita líquida em 2016, possui mais de 7 mil colaboradores, 1,8 milhões de consultoras e operações nos EUA, França, Chile, México, Peru, Colômbia e Argentina. Foi a primeira companhia de capital aberto a receber a certificação B Corp no mundo, em dezembro de 2014, o que reforça sua atuação transparente e sustentável nos aspectos social, ambiental e econômico. A estrutura da companhia é composta por fábricas em Cajamar (SP) e Benevides (PA), oito centros de distribuição no Brasil, um hub logístico em Itupeva (SP) e centros de Pesquisa e Tecnologia em São Paulo (SP) e Nova York (EUA). Detém o controle da fabricante australiana de cosméticos Aesop, com lojas em países da Oceania, Ásia, Europa e América do Norte. Produtos da marca Natura podem ser adquiridos com as consultoras Natura, pela Rede Natura rede.natura.net, por meio do app Natura ou em lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Paris e Nova York. Para mais informações sobre a empresa, visite www.natura.com.br e confira os seus perfis nas seguintes redes sociais: Linkedin, Facebook, Instagram, Twitter e Youtube.
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